O sorriso e o carisma de Matt Damon podem não salvar vidas, mas salvam filmes. Não que Os Agentes do Destino seja um fiasco, longe disso. É um filme atraente, bem conduzido, mas que peca apenas por ser explicativo demais e forçar um pouco a barra para ter um final feliz. Como filmes dependem muito do momento em que o assistimos, não posso negar que me deixei levar pelo sorriso do ator e acabei me envolvendo sem muitas ressalvas.
Misto de romance com ficção científica, mais romance do que ficção, na verdade, "Os Agente do Destino" sofre do mesmo mal de outras adaptações do mestre Philip K. Dick (autor de contos que deram origens a longas tão distintos quanto "Blade Runner", "O Pagamento", "O Vingador do Futuro" e "Minority Report"). O conceito das obras é sempre interessante, mas o desenvolvimento dos filmes nem sempre. O filme de George Nolfi padece dessa mesma sina, mas ainda assim prende a atenção.
Nolfi opta por fazer um filme elegante, de realização refinada, ainda que as cenas de ação sejam dinâmicas. O desenvolver da trama é meio frouxo, com várias elipses temporais que não ajudam muito narrativamente falando. Mas a química entre o sorrisão de Matt Damon e o sotaque de Emily Blunt conserta qualquer derrapada e ajuda o espectador a entender a opção da produção pender para um caráter mais romântico.
Entre perseguições e uma trama que tem toques de Matrix e A Origem, são as cenas entre Damon e Blunt que despertam a atenção do público. A discussão sobre destino e livre arbítrio é meio deixada de lado e faz falta em alguns momentos, mas tudo depende de como você encara a produção e também de suas expectativas iniciais.
sábado, 14 de maio de 2011
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