domingo, 16 de dezembro de 2012

TV: Political Animals


Eu não sou um “animal político”, então, a princípio, não me interessei pela minissérie Political Animals. Mas a protagonista é a Sigourney Weaver, uma atriz que me chama a atenção desde sempre. Como faço o tipo que assiste a filmes ou séries só por causa de uma atriz ou ator, dei uma chance à minissérie de seis episódios do mesmo criador de “Brothers & Sisters”, Greg Berlanti. Para minha grata surpresa, “Political Animals” está mais para um drama familiar do que para uma série política. Na verdade, a minissérie é uma das melhores coisas que vi ultimamente.

Sigourney Weaver é Elaine Barrish (personagem claramente inspirada na trajetória de Hillary Clinton), ex-primeira dama que começa a minissérie perdendo as eleições do partido para concorrer à Presidência e, em seguida, assumindo o cargo de Secretária de Segurança do Estado. A minissérie centra o foco na politicagem que rola nos bastidores da Casa Branca e no relacionamento de Barrish com a família e uma jornalista (Carla Gugino) que não sai do seu pé. Entre um incidente diplomático ou alguma acusação ou traição, Barrish tem que lidar com a mãe alcoólatra (Ellen Burstyn), o filho gay e viciado (Sebastian Stan), o outro filho mauricinho que trabalha com ela (James Wolk) e o mulherengo ex-marido e ex-Presidente (Ciarán Hinds).

Bem escrita e com personagens extremamente bem desenhados, a minissérie ainda ganha pontos pela direção envolvente. A minissérie nunca nega seu caráter novelesco e melodramático e usa essas características a favor da construção da trama e da própria estrutura do programa. Os flashbacks são muito bem utilizados para desenvolver os personagens, bem defendidos pelo elenco competente e empático. Claro que o destaque é a interpretação de Weaver, que constrói uma política dura e honesta e uma mãe amável e cheia de culpa.

Apesar do final em aberto, “Political Animals” foi concebida como uma minissérie e, infelizmente, não ganhou status de série e uma segunda temporada. Uma pena. O texto é inteligente, a direção ágil e envolvente e, apesar de ser, no fundo, apenas “mais um” drama familiar entre tantos que temos na televisão, os personagens mereciam sobrevida. Eu pelo menos gostaria de continuar acompanhando as decisões políticas e os dramas familiares de Elaine Barrish.

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