No Limite do Amanhã: Tom Cruise já passou dos 50 e há tempos não protagoniza um filme de grande sucesso. Mas essa nova incursão do astro no gênero da ficção científica (ele já provou que se dá muito com o gênero nos anteriores "Minority Report", "Guerra dos Mundos" e "Oblivion") prova que ele ainda é capaz de segurar um longa sozinho. Seguindo a proposta “repetitiva” de produções como “Feitiço do Tempo” e “Contra o Tempo”, o novo trabalho de Doug Liman (“A Identidade Bourne” e “Sr & Sra Smith”) acerta ao colocar o ator no papel de um herói involuntário, misturando belas cenas de ação, humor na medida e uma trama que começa meio sem jeito, mas ganha força graças à mão firme do diretor e ao carisma de Cruise (muito bem acompanhado por Emily Blunt). O final é um tanto confuso e tem a boa e velha concessão hollywoodiana ao happy end, mas é de longe o melhor trabalho de Cruise em tempos.
A Culpa é das Estrelas: Esse é o típico filme que tinha tudo para dar errado. É baseado em um best-seller de qualidade duvidosa e dirigido por um qualquer sem grandes referências (Josh Boone). E é igual a tantos outros longas açucarados sobre casais apaixonados que têm que lidar com uma doença terminal (de cara já lembro de “Doce Novembro” e “Outono em Nova York”). Mas a sorte da produção e do público é que “A Culpa é das Estrelas” é protagonizado por dois ótimos novos atores que dão conta do recado. Shailene Woodley e Ansel Elgort são lindos, ótimos, cheios de química e têm o poder de transformar uma trama clichê e melosa em um filme fofo e totalmente assistível. Ela traz simpatia e honestidade ao papel da mocinha que sofre de um câncer terminal. Ele é dono de uma espontaneidade impressionante e que conquista a plateia logo de cara. Graças aos dois, a direção pouco inspirada de Boone e a narrativa um tanto arrastada são devidamente esquecidas. Não me fez chorar litros como outros “filmes de câncer” (“Laços de Família”, “As Filhas de Marvin” e “Lado a Lado” são campeões de lágrimas), mas é uma produção bem decente e que vai além da classificação “filme adolescente feito apenas para chorar”.
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