Crente que poderia salvar seu filme apenas pelo carisma do elenco, que traz de Julia Roberts a Queen Latifah, Ashton Kutcher a Patrick Dempsey, Marshall não foge dos clichês do gênero e entrega um filme insosso e que nunca decola. O longa tenta, na verdade sem muito sucesso, emular o ótimo Simplesmente Amor e o já fraquinho Ele não está tão a fim de você. Nem o "casal gay" formado pelo Bradley Cooper e Eric Dane me animou.
Meryl Streep rocks!
Já Simplesmente Complicado é tudo de bom. Me arrependi de não tê-lo visto no cinema. Na verdade, vi o filme sem esperar muito coisa, mas me entreguei. Mesmo apelando para fórmulas, clichês e, às vezes, escorregando no piegas, o filme é uma delícia, graças, principalmente, ao trio de protagonistas. Meryl Streep, Alec Baldwin e Steven Martin compõem personagens adoráveis e estão se divertindo horrores.
Meryl dá uma show como uma mulher que nem se lembra mais o que é sexo e acaba se envolvendo com dois homens ao mesmo tempo: o incrivelmente barrigudo ex-marido (Baldwin, inspiradíssimo) e um arquiteto ainda traumatizado pelo divórcio (Martin bem mais contido do que de costume). A atriz está bem melhor do que em "Julie & Julia", produção pela qual foi indicado ao Oscar.
Com esse trio como carta na manga, a diretora Nancy Meyers tem muito pouco a fazer e entrega um longa redondinho, entretenimento puro, desses que flui que é uma beleza (ainda que o filme seja um pouco mais longo do que deveria). Acusada de elitista (seus personagens estão sempre envoltos em ambientes que exalam riqueza) e conservadora, Meyers filma com delicadeza e "Simplemente Complicado" se revela uma comédia romântica madura e bem acima da média.
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