007 – Operação Skyfall – Oscar de
melhor macho alfa para Daniel Craig, por favor. Nunca fui muito fã de James
Bond, mas o ator loiro, meio feio, mas encorpado e elegante me fez rever todos
os conceitos sobre o agente secreto (o que diz muito sobre meus critérios de
avaliação cinematográfica). Na terceira vez que Craig encarna Bond, o ator continua
forte, viril, frio e sexy, ganhando o reforço de uma trama mais elaborada e
emocional. A direção autoral de Sam Mendes também eleva a experiência e dá certa
sofisticação à franquia. 007 –
Operação Skyfall é um dos filmes visualmente mais interessantes do agente e
é o mais próximo de “Arte” que o agente vai chegar um dia. E isso é um elogio.
Javier Bardem, Judi Dench e Ralph Fiennes no elenco só melhoram tudo.
As Vantagens de Ser Invisível –
Típico filme indie fofo sobre gente deslocada. Ou seja, não tem como não amar.
A trama gira em torno de um adolescente meio problemático que não sabe muito
bem qual seu lugar no mundo. Até que o rapaz se encontra um pouco ao conhecer
dois outros adolescentes tão deslocados quanto ele. O elenco é uma graça
(Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller se saem muito bem em seus papéis), o
roteiro é emocionante e a trilha sonora é uma coisa. A síntese do filme é a
cena em que os três ouvem pela primeira vez “Heroes”, do David Bowie, em uma
época em que saber de quem era uma música não era tão simples como usar um
aplicativo.
Laurence Anyways – O cinema de
Xavier Dolan, um jovem canadense metido a besta, sempre foi afetado e
pretensioso. Mas “Eu matei minha mãe” e “Amores Imaginários” tinham algum
frescor e ingenuidade que, de certa forma, minimizavam a direção “estou fazendo
ARTE” que o rapaz costuma empregar aos filmes. Em Laurence Anyways, terceiro
longa do moço, a coisa desanda de um jeito que meu deus. São três horas de
masturbação intelectual para narrar a história de um rapaz que resolve virar
moça, isso sem a melhor explicação. Sem um roteiro descente e com um ator principal
(Melvil Poupaud) que não imprime o menor carisma ao papel, resta ao público aguentar a
direção descolada de Dolan. "Laurence Anyways" vira então um filme todo
trabalhado na trilha sonora cool e em cenas em câmera lenta que gritam
arrogância e simbolismos clichês. Se durasse 1h30, até suportaríamos a
pretensão do jovem autor. Mas três horas de cenas absurdinhas e vazias é demais.
Haja paciência!
Fábio eu te adoro. Não é todo mundo que pode se dar ao luxo de precisar explicar "e isso é um elogio" e ainda assim continuar fofo. Beijos.
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