O Lugar Onde Tudo Termina: A
melhor coisa desse longa que coloca na mesma tela os deuses do Olimpo Bradley Cooper e
Ryan Gosling é o fato dele subverter a expectativa do público não apenas uma,
mas duas vezes. Em duas horas e 20 minutos, o cineasta Derek Cianfrance deixa
de lado o drama amoroso de “Blue Valentine” e aposta suas fichas nessa trama
criminal e familiar que mistura tragédia e destino em três diferentes atos.
Ryan Gosling é um motoqueiro de cabeleira descolorida que acaba se envolvendo
com o crime e Eva Mendes; Bradley Cooper é um policial exemplar e bom moço que
se torna um herói e se mete com corrupção e política; e o espectador vai
acompanhando a câmera dinâmica e o olhar aguçado de Cianfrance para registrar a dor desses
personagens destinados a sofrer. A duração é um tanto longa, e os diferentes
atos são irregulares, mas o filme tem peso. Além do abdome do Ryan Gosling, prestem
atenção em Dane DeHaan, a cara de Leonardo DiCaprio quando este apareceu no
cinema.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Cinema: Pílulas
Indomável Sonhadora: Dos longas
indicados ao Oscar de melhor filme esse ano, deixei passar este,
que só vi agora perdido em algum torrent da vida. Sorte minha não ter visto nos
cinemas, porque a probabilidade deu me levantar e ir embora era grande. De longe,
um dos filmes mais constrangedores que já vi, a produção é uma ode à pobreza
disfarçada de poesia audiovisual. Com um visual sujinho e um pé no grotesco, o
longa (indicado a melhor filme, direção, roteiro adaptado e atriz) lança suas
lentes na relação entre um pai e uma filha que sobrevivem em um algum pântano
imundo em New Orleans. Me chamem de reacionário, mas achei tudo um lixo, salvo um
pouco apenas pela atuação carismática da menina de nome impronunciável, que pode
até ser fofa mas não merecia mesmo
ser indicada à categoria de melhor atriz. Consegue ser pior do que “Lincoln” e “Os Miseráveis” juntos, o que não é pouco para uma produção com menos de 90 minutos.
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