É Frances Ha (interpretada de modo bastante carismático por Greta Gerwig) que dá vida a esse filme de Baumbach, que, para o bem e para o mal, poderia ser confundido com um episódio esticado da série cult-indie-moderninha do momento: “Gilrs”, com a vantagem da personagem (e atriz) ser bem menos chata do que a personagem (e atriz) de “Girls” (Lena Dunham).
Gerwig pode não ter uma dramaticidade a la Meryl Streep, mas empresta ao longa uma naturalidade que o distancia do mero exercício independente. É a atriz (e a personagem) que cola as cenas soltas e as situações esparsas que vão acontecendo ao longo de quase 90 minutos. Ela é o coração e a alma desse filme delicado e simpático, mas quase banal
Quanto à produção em si, Baumbach já fez melhor antes, mas, ainda assim, “Frances Ha” é um filme bem fácil de assistir. O roteiro cheio de saltos narrativos não atrapalha. Os diálogos são inteligentes e engraçados. A fotografia em preto & branco não se justifica, mas empresta certa aura nostálgica ao longa. A trilha sonora é bonitinha e está toda no lugar. E os coadjuvantes podem não ser grandes personagens, mas dão o suporte necessário para Frances/Greta brilhar. Pode ser pouco, mas também pode ser muito.
PS: a péssima projeção com o som baixíssimo da sala do Reserva
Cultural não ajuda muito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário