O filme de James Mangold é tão genérico que nada se sobressai. É tudo tão formulaico e sem apelo que pode não ser uma tragédia, mas também está longe de fazer jus ao herói, simplesmente um dos membros mais interessantes (e agora desgastados) dos X-Men. Hugh Jackman, talvez, seja a única razão para se assistir a esse filme. Ele interpreta Logan/Wolverine com a mesma garra e vontade dos tempos do primeiro X-Men, mas o esforço do ator não se justifica graças a um roteiro nada empolgante e um monte de tentativas de piadas sem graça.
A questão nem é se o longa é fiel ou não aos quadrinhos, mas sim a quantidade de caminhos que ele poderia seguir e não segue. A falta de carisma dos vilões e a previsibilidade da trama também não ajudam (a mutante loirinha lembra, e muito, a Erva Venenosa do horroroso “Batman & Robin”; e a suposta reviravolta final é bem óbvia).
Mas enfim, olhando pelo lado positivo, se o 3D do filme não vale a pena, se a produção está longe de ser arrebatadora em termos estéticos e/ou narrativos, e se Hugh Jackman parece ser o único que realmente se importa com tudo que está acontecendo à sua volta, pelo menos uma coisa vale o preço do ingresso: a cena-surpresa depois dos créditos abre caminho para o próximo filme dos X-Men e deixa os fãs babando e torcendo para que Hollywood não cague uma das melhores tramas dos mutantes: a clássica Dias de um Futuro Esquecido. Não nos decepcione, Bryan Singer!
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